terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Incongruência

Aí está a famosa e talentosa cantora Amy Winehouse em mais uma aparição polêmica, desta vez aqui no Brasil.

Cara de chapada e seios a mostra, como é de seu feitio.

Isso não me incomoda. Afinal é a "atitude" rock´n roll que vemos em tantos astros do "show business", inclusive membros dos Beatles.

O que me incomoda é tantos fãs pagando para ver a moça enquanto, por outro lado, as mesmas pessoas metem o pau nos usuários de drogas em geral e viciados em particular.

O mundo ocidental, especialmente, contribui para o consumo de drogas. Os estímulos são os mais diversos possíveis: desde a festinha em família regada à alcool até mesmo essa incrível gama de fãs que os "bad boys" e "bad girls" angariam ao longo de sua carreira (não me referi à de cocaína...rsrsrs).

As pessoas tendem a adotar comportamentos e mantê-los sempre que estimulados a isso pelo grupo social ao qual pertencem. E paparicar viciados me parece um bom caminho para que as pessoas se indaguem: "se ele pode, por que eu não posso?", "se gostam dele, por que não iriam gostar de mim?".

Se esses são os valores que plantamos, não podemos atirar pedras (menos ainda as de crack...) em que é viciado ou apenas faz uso recreativo de drogas sem incorrer no vício.

Tenho para mim que vício é doença e como tal deve ser tratada não recriminada.

É por essa e por outras que considero validas as iniciativas de discutir a destipificação dos crimes de uso e porte de drogas além de iniciativas que conduzam ao controle do Estado sobre as vendas de drogas hoje consideradas ilícitas.

Não gosto do Mercadante e nem do PT mas ele começou o ano com o pé direito nessa questão.



2 comentários:

  1. è isso aí Antonio Marcos! Concordo muito e acho algumas atitudes desrespeitosa, como quando se esquece a letra da música!
    beijocas,
    mari

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  2. Como em qualquer outra situação, o que define o que uma pessoa pode ou não fazer, o que difere o que é normal do que é absurdo, o que caracteriza "excentricidade" ou "criminalidade" é o status social.
    Quem tem dinheiro pode tudo. Quem não tem, nada.

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