segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O Custo Brasil

Dizem que a desonestidade do brasileiro traz mais um custo ao conhecido, custo Brasil. Como se aqui as pessoas fossem mais desonestas do que em outros cantos do mundo.

Mas será mesmo? Vejamos...
 
Um funcionário da BMW AG foi dia 24 último em Munique, na Alemanha, sob acusação de roubo de peças e acessórios da marca, principalmente bancos automotivos. O valor total do prejuízo: US$ 4 milhões. O nome do empregado não foi revelado, mas a polícia alemã também deteve um funcionário de uma empresa fornecedora de autopeças. Segundo um porta-voz da polícia de Munique, ambos os suspeitos, além de outro funcionário da BMW sob investigação, estão sendo acusados de falsificar ordens de produção e desvio de componentes para vendê-los na internet.

A BMW não quis comentar o caso, e ainda de acordo com as autoridades alemãs, o Ministério Público de Munique está apurando o envolvimento de outras 15 pessoas na fraude, cujo valor pode superar os US$ 4 milhões declarados. A investigação dos roubos na linha de produção da BMW teve início em outubro e incluiu a averiguação de imóveis em todo o estado da Baviera, no sul da Alemanha.

E quanto à SIMEMENS? Alguém se lembra do enrrosco em que ela se meteu por dar propina? Não, não foi no Brasil, mas nos países honestos...

A maior empresa do setor de engenharia da Europa, concordou em pagar US$ 1,6 bilhão para liquidar processos de suborno nos Estados Unidos e Alemanha, após dois anos de investigações sobre pagamento de propinas para autoridades governamentais em várias partes do mundo. A Siemens pagará € 596 milhões (US$ 814 milhões ) na Alemanha, incluindo uma multa de € 201 milhões de 2007, informou seu advogado, Peter Solmssen. A companhia também pagará US$ 800 milhões nos Estados Unidos, depois de se reconhecer culpada pela violação de leis anticorrupção por contabilizar falsamente US$ 1,36 bilhão em subornos.

Nem mesmo o Vaticano escapa: dom Evaldo Biasini, de 83 anos, da Congregatio Missionariorum Pretiotissimi Sanguinis, e o prelado Francesco Camaldo, cerimoliatista encarregado, dentre outras atribuições relevantes, de colocar o solidéu na cabeça do papa Ratzinger confessaram crimes de lavagame de dinheiro como testas de ferro. 

Dom Biasini (me faz lembrar o personagem Dom Barzini do filme Godfather) confessou lavar dinheiro para o construtor Diego Anemone. Para isso, usava o caixa da Congregação como Caixa 2 de Anemone onde ocultava 1milhão de euros. Parte desse dinheiro ocultado e sem origem lícita, 900 mil euros, foi usado para dar de presente um valioso apartamento, com vista para o Coliseu, ao então ministro do Desenvolvimento Econômico, Cláudio Scajola.

Já Camaldo, por seu turno, fazia a ponte de Angelo Balducci — sócio do construtor Anemone, ex-presidente do Conselho Superior de Obras Públicas do governo italiano e consultor da centenária Propaganda Fé ( atual Congregação para a Evangelizaçãodos Povos) — com o Vaticano e o seu Banco (IOR — Istituto per Le Opere di Religione).

Lembrei de O PODEROSO CHEFÃO - PARTE III, pura coincidência, claro...

2 comentários:

  1. Caríssimo... verdade mesmo a corrupção não é uma qualidade nossa... transpira o mundo!
    beijocas,
    Mari

    ResponderExcluir