quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Fisiologicamente ruim

Não ser aprovado num exame importante, ter que falar em público, passar raiva, sentir-se frustrado, ouvir desaforo, falar impropérios, ter contato com os serviços públicos, ouvir politicos falarem sem auxílio de qualquer tecnologia, fazer declaração de imposto de renda, enfrentar o trânsito paulistano, ver como São Paulo está suja e largada, saber que tem gente que vota no Maluf ou no Netinho de Paula, dar uns amassos e voltar pra casa "na mão", ser multado sem razão e outras tantas situações cotidianas são fisiológicamente ruins. Afetam nosso humor e desequilibram nosso bem estar num nível hormonal e fisico. Desde dor de estômago, nauseas, diarréia até dor de cabeça e taquicardia.

Mas nada é tão fisiologicamente doloroso do que sentir o peso de um amor não correspondido ou não corresponder a um amor.

Graças a deus, eu não passo por isso há anos. Isso não me impede contudo, de lembrar - sem nenhum saudoismo - a tristeza que nos abate quando nos defrontamos com uma dessas duas situações. 

O sono é afetado, perde-se a fome, a digestão fica uma desgraça, a concentração vai embora, sente-se dores em todos os cantos do corpo, sente-se calafrios e falta de ar, a boca fica seca...

De fato a situação é psicológica e fisiologicamente ruim. Mas se aprende muito com isso. Afinal, sofrer é parte da vida, por isso o melhor é saber contornar os sofrimentos que não valem à pena serem vivenciados. A dor de paixão é um deles.

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