domingo, 13 de dezembro de 2009

Aprendizado pelo biscoito

Os animais irracionais muitas vezes "aprendem" a agir contra sua natureza através do condiconamento. Inspirados nos estudos de Pavlov, o treinadores amestram animais utilizando o conceito básico: ação bem feita = recompensa. No caso do cachorrinho, o biscoitinho basta. O ser humano também pode ser treinado assim, principalmente na infância. Mas e um adulto que já tem suas necessidades satisfeitas, e já não lhe falta nada, o que pode ser feito para que ele aja de acordo com nosso interesse? O que pode ser uma boa recompensa para ele? Pois bem, estes caras do vídeo, patrocinados pela VW conseguiram, não sei por quanto tempo, fazer as pessoas jogarem o lixo no lixo, movidos pela curiosidade. Veja o vídeo com o som.

Um comentário:

  1. O pressuposto do Direito é a ilicitude. Noutras palavras, só existem regras explicitadas porque se sabe que alguém vai adotar comportamento contrário a elas e dizer que não as conhecia. E para garantir que tais regras sejam cumpridas há um estímulo: se premia quem agiu em conmformidade com o comportamento desejável ou se pune quem agiu em contrariedade a esse comportamento.
    Essa sanção a que me refiro é legal. Mas, a par delas, existem aquelas sanções morais. Aplicadas pelo grupo social ao qual pertence o sujeito que age contra os interesses do grupo.
    Em ambos os caso o uso da força é a questão:
    a) de um lado o Estado usa a força coercitiva que tem e impõe coimas ou penas restritivas de direitos (inclusive da liberdade) de quem age contra a lei;
    b) de outro lado as pessoas submetem o autor da contrarieade a situações socialmente vexatórias.

    Se alguém joga lixo no chão, por exemplo, deveria ser multado e obrigado a retirar o lixo e por na lixeira. Entendo que o Estado deveria policiar isso e impor desde multa pecuniária até obrigar a prestar serviços de varrição de rua para o cara aprender. Mas cadê a fiscalização??? Cadê a GCM?

    De outro lado, o cidadão que vê outro jogar lixo na rua deveria jogar o lixo dele no carro ou na casa dele. Se um matuto sai com seu cão para fazer cocô na rua e não retira esse dejeto, a população deveria retirar e jogar na casa desse porcão.

    Essa postura Estatal e Social estaria, como no exemplo do biscoito, para o cidadão como o esforcador está para o cão.

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